Com certeza um dos acontecimentos mais importantes para que o mundo artístico pudesse ter um grande impulso no Brasil, a Semana da Arte Moderna aconteceu em 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, onde muitas obras
foram apresentadas num período de três dias. O maior objetivo que foi
imposto pela Semana da Arte Moderna era fazer com que o padrão de estilo
acadêmico para obras fosse retirado das tradições no Brasil, oferecendo
assim uma nova era com artes mais renovadas.
A Semana da Arte Moderna teve três dias de duração, no primeiro dia (13/02/1922) foram apresentadas obras de pintura e escultura,
no segundo dia (15/02/1922) foram apresentadas obras de poesia e
literatura, e no terceiro dia (17/02/1922) foram apresentadas obras
musicais. Uma das idéias que os responsáveis pelo evento queriam
transmitir para o público, era atualizar a cultura artística do Brasil, para que assim a visão fosse ampla.
Veja abaixo um breve resumo com imagens de obras apresentadas em cada dia da Semana de Arte Moderna:
Dia 13 de fevereiro –
Graça Aranha pronunciou uma conferência tendo como tema “A Emoção
Estética na Arte”, ela elogiou e comentou sobre várias obras de arte expostas, principalmente quadros pintados por grandes nomes;
Dia 15 de fevereiro – Oswald de Andrade apresentou
vários de seus poemas e Mário de Andrade fez um discurso literário sobre
o tema “A escrava não é Isaura”;
Dia 17 de fevereiro –
Villa-Lobos fez uma incrível e aplaudida apresentação musical, porém por
uma falha de interpretação do público Villa-Lobos acabou sendo vaiado
por entrar com um pé descalçado, mas era por causa de um calo que havia
feito em seu pé, mas isso não atrapalhou ele a mostrar todo seu talento
para o público n o Teatro Municipal de São Paulo.
Um dos cartazes da «Semana», satirizando os
grandes nomes da música, da literatura e da pintura
Sacudindo as estruturas
da arte tupiniquimA Semana de Arte Moderna de 22, realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos.Seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922.A produção de uma arte brasileira, afinada com as tendências vanguardistas da Europa, sem contudo perder o caráter nacional, era uma das grandes aspirações que a Semana tinha em divulgar.Independência e sorteEsse era o ano em que o país comemorava o primeiro centenário da Independência e os jovens modernistas pretendiam redescobrir o Brasil, libertando-o das amarras que o prendiam aos padrões estrangeiros.Seria, então, um movimento pela independência artística do Brasil.Os jovens modernistas da Semana negavam, antes de mais nada, o academicismo nas artes. A essa altura, estavam já influenciados esteticamente por tendências e movimentos como o Cubismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós-impressionistas.Até aí, nenhuma novidade nem renovação. Mas, partindo desse ponto, pretendiam utilizar tais modelos europeus, de forma consciente, para uma renovação da arte nacional, preocupados em realizar uma arte nitidamente brasileira, sem complexos de inferioridade em relação à arte produzida na Europa.Um grupo importante
de renovadoresDe acordo com o catálogo da mostra, participavam da Semana os seguintes artistas: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi, com pinturas e desenhos;Marcavam presença, ainda, Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg, com esculturas; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel, com projetos de arquitetura.Além disso, havia escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida.Na música, estiveram presentes nomes consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana.
Primeira foto:
Da esquerda para a direita: Brecheret, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Helios SeelingerPrimeira foto:
Da esquerda para a direita: Brecheret, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Helios Seelinger
Segunda foto:
Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.
Por ocasião da «Semana», Tarsila se achava em París e, por esse motivo, não participou do evento
Da esquerda para a direita: Brecheret, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Helios SeelingerPrimeira foto:
Da esquerda para a direita: Brecheret, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Helios Seelinger
Segunda foto:
Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.
Por ocasião da «Semana», Tarsila se achava em París e, por esse motivo, não participou do evento
egunda foto:
, Tarsila do Amal
HÁ 87 ANOS, A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922
Há 87 anos, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, acontecia a Semana de Arte Moderna de 1922,
no Teatro Municipal de São Paulo. Marco da história artística e
cultural brasileira, o evento foi pautado pela ruptura e oposição ao
conservadorismo que predominava nas artes até então.
Liberdade
de expressão, abandono de "regras" artísticas e valorização do que era
originalmente nacional, de raízes brasileiras, impulsionando o
Modernismo no Brasil.
Pintura, escultura, poesia, literatura e música ocuparam o Teatro Municipal numa manifestação coletiva integrada por nomes como: Anita Malfati, Di Cavalcanti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Menotti Del Picchia, Graça Aranha, Manuel Bandeira, Antonio Garcia Moya, Guiomar Novaes, Villa-Lobos entre outros.
O Municipal, alugado por mais de 800 mil réis (com "patrocínio" do ricaço Paulo Prado, que convenceu outros barões do café e apoiar o evento), recebeu exposições, noites literárias, palestras, apresentações musicais e até suas escadarias foram palco dos "revolucionários" da arte em 1922.
Aqui no São Paulo Urgente, vamos comemorar com trechos de poesias, imagens daquele ano e também fotos atuais do Teatro Municipal.
Pintura, escultura, poesia, literatura e música ocuparam o Teatro Municipal numa manifestação coletiva integrada por nomes como: Anita Malfati, Di Cavalcanti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Menotti Del Picchia, Graça Aranha, Manuel Bandeira, Antonio Garcia Moya, Guiomar Novaes, Villa-Lobos entre outros.
O Municipal, alugado por mais de 800 mil réis (com "patrocínio" do ricaço Paulo Prado, que convenceu outros barões do café e apoiar o evento), recebeu exposições, noites literárias, palestras, apresentações musicais e até suas escadarias foram palco dos "revolucionários" da arte em 1922.
Aqui no São Paulo Urgente, vamos comemorar com trechos de poesias, imagens daquele ano e também fotos atuais do Teatro Municipal.
Cartazes de Di Cavalcanti
Por ocasião da «Semana», Tarsila se achava em París e, por esse motivo, não participou do evento
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