CALIFÓRNIA — Um estudo americano publicado na revista on-line “BMJ
Open”, do “British Medical Journal”, mostrou que usuários de remédios
para dormir têm quatro vezes mais risco de morrer do que pessoas que não
tomam este tipo de medicamento, embora o risco absoluto continue sendo
relativamente baixo. O trabalho comparou dez mil pessoas que usam
hipnóticos com 23 mil que não usam.
O estudo, realizado por
pesquisadores do Centro de Medicina Preventiva Jackson Hole, em Wyoming,
e da clínica do sono Viterbi, na Califórnia, constatou que os pacientes
que usavam diversos típos de pílulas para dormir, como
benzodiazepínicos, barbitúricos e anti-histamínicos, tinham até 4,6 mais
chance de morrer. Além disso, um em cada 16 pacientes do grupo que
tomava pílulas para dormir morreu, enquanto no grupo de não usuários
houve uma morte em cada 80 pacientes.
Os pesquisadores dizem que
ainda não está claro porque o risco de morte aumenta entre quem usa
remédios para dormir. No trabalho, eles procuraram isolar ao máximo
fatores que pudessem influenciar o resultado, como problemas de saúde
dos voluntários.
Quem usa remédios para dormir fica mais propenso a
sofrer quedas e outros acidentes. Também pode ter seu padrão de
respiração alterado. Além disso, há estudos relacionando estas drogas ao
aumento do risco de suicídio. A nova pesquisa americana também
relacionou o uso de altas doses de hipnóticos ao aumento do risco de
câncer.
FONTE-O Globo Saúde
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