A pesquisa não prova a ligação, mas encaixa a descoberta com outro
trabalho que aponta que pessoas com tipo sanguíneo A, B e AB têm mais
riscos de coágulos sanguíneos, causa principal da maioria dos derrames,
nas pernas e ataques cardíacos. Já o tipo O foi relacionado ao aumento
do risco de sangramento, o que mostra que as chances de surgimento de
coágulos são menores.
De acordo com os pesquisadores, a ideia não é assustar a população, mas
sim alertá-los para a necessidade de monitorar sempre a pressão
sanguínea e o colesterol.
O estudo foi feito com 90 mil homens e mulheres, envolvendo a
ocorrência de 2.901 derrames. Os pesquisadores descobriram que homens e
mulheres com tipo sanguíneo AB tinham 26% mais chance de ter derrame do
que os de tipo O. Já as mulheres com sangue B tinham 15% mais risco de
ter a doença, se comparadas com as de sangue tipo O.
O motivo para essa diferença é que cada tipo sanguíneo apresenta
diferentes proteínas nos glóbulos vermelhos e o sistema imunológico se
forma com base nelas. Certos tipos de sangue produzem glóbulos vermelhos
que são propensos a acumular e manter o revestimento dos vasos
sanguíneos, fazendo com que possa ocorrer um coágulo e aumentar as
chances de derrame.
Os pesquisadores afirmam que não é possível afirmar que esse processo
ocorre devido ao tipo sanguíneo ou a algum outro gene. Eles também não
descartam outros fatores que são mais importantes para elevar o risco de
derrame como fumar, beber em excesso e praticar poucos exercícios
físicos.
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