"O infarto cardíaco, popularmente chamado de "ataque do
coração", é a principal causa de morte no mundo ocidental. Leia neste artigo
porque ocorre o infarto, seus fatores de risco, sintomas, diagnóstico e
tratamento. E aprenda quais as principais medidas para a sua prevenção."
O infarto cardíaco é a principal causa de morte no mundo
ocidental apesar dos avanços em seu tratamento. Atualmente apresenta uma taxa de
mortalidade em torno de 8 a 10%.
É importante o seu rápido reconhecimento para que possa ser
efetuado o tratamento apropriado e redução do risco de morte e seqüelas.
O infarto representa a morte de uma porção do músculo
cardíaco (miocárdio), por falta de oxigênio e irrigação sanguínea. A oxigenação
necessária ao funcionamento do coração ocorre por um conjunto de vasos
sanguíneos, as chamadas artérias coronárias. Quando uma dessas coronárias
obstrui, impede o suprimento de sangue e oxigênio ao músculo, resultando em um
processo de destruição irreversível, podendo levar a parada cardíaca (morte
súbita), morte tardia ou insuficiência cardíaca com graves limitações de
atividade física.
Existem algumas causas que levam a obstrução das artérias
coronárias, sendo a principal delas a aterosclerose –acúmulo de gordura na
parede das artérias, formando verdadeiras placas, as quais podem vir a obstruir
o vaso e impedir o fluxo de sangue a partir daquele local. Essa obstrução
normalmente ocorre quando a placa se rompe e a ela agregam-se plaquetas,
formando um coágulo (trombo) e ocluindo a artéria.
O infarto do miocárdio pode também acontecer em pessoas que
têm as artérias coronárias normais. Isso acontece quando as coronárias
apresentam um espasmo, contraindo-se violentamente e também produzindo um
déficit parcial ou total de oferecimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado
pelo vaso contraído.
Os fatores de risco cardiovasculares, especificamente, são as
condições ou hábitos que agridem o coração ou as artérias, dentre os quais estão
a hipertensão arterial, as dislipidemias (altos níveis de colesterol LDL e
triglicérides), o tabagismo, o diabetes, o estresse, o sedentarismo, a
obesidade, a alimentação gordurosa e a hereditariedade (história de mesma doença
em outros membros da família), entre outros. Cerca de 40 a 60% dos pacientes com
infarto do miocárdio apresentam hipertensão arterial associada.
O infarto se apresenta de forma abrupta, e o maior sintoma é
a dor. A sensação é de "aperto" localizada no peito, à altura do coração. Essa
dor é tão intensa que provoca suores frios, náuseas, vômitos e vertigens, ela
costuma se irradiar para os ombros e braços (geralmente o esquerdo), para a
mandíbula e para as costas. A duração da dor em geral é maior que 20 minutos e
não alivia com o repouso nem com o uso de comprimidos sublingual.
O diagnóstico do infarto é realizado através dos sintomas e
dos exames: eletrocardiograma e dosagem, no sangue, de enzimas resultantes da
destruição de células cardíacas. O ecocardiograma também pode ser útil para o
diagnóstico, principalmente nos casos duvidosos.
O tratamento imediato do infarto do miocárdio tem como
objetivo reduzir a lesão do tecido afetado e evitar complicações fatais.
Quando o tratamento é instituído logo após o infarto,
acredita-se que se possa reduzir drasticamente a lesão do músculo do coração. A
preservação do tecido do miocárdio é obtida pelo alívio da dor, repouso e
medicamentos para reduzir o trabalho cardíaco e restauração do fluxo sanguíneo
através da administração de agentes trombolíticos para dissolver possíveis
trombos ou através da angioplastia.
Depois que a pessoa sofre um infarto é preciso avaliar o
prejuízo, saber qual a extensão do miocárdio que foi atingida pela necrose
(morte do tecido) e qual coronária está entupida. Para isso são utilizados o
ecocardiograma, teste ergométrico e a cineangiocoronariografia.
O restabelecimento do fluxo sanguíneo na coronária acometida
pode ser alcançado através de cirurgia ou angioplastia. Nas cirurgias são feitas
pontes de veia safena ou mamária para criar uma via alternativa de passagem do
sangue para irrigar o miocárdio. Na angioplastia é introduzido um balão
apropriado dentro da artéria para esmagar a placa ateromatosa que está entupindo
a artéria.
O primeiro passo é controlar a alimentação. A dieta deve ser
composta de carnes magras, de preferência peixes e aves, e muita verdura e
legumes. Os óleos indicados são os de origem vegetal. Azeite de oliva também é
indicado, pois é rico em HDL (o colesterol bom que protege a formação de placas
nas artérias).
Deve-se manter um programa de atividade física regular,
sempre sob orientação médica, sendo um bom exemplo a caminhada. Também são
importantes mudanças nos hábitos para a diminuição do estresse, parar de fumar
(o cigarro favorece a formação de placas ateroscleróticas nas artérias) e
consumo moderado de álcool.
Os hipertensos devem estar atentos ao controle da pressão
arterial e reduzir o sal da dieta. Assim como os diabéticos que devem redobrar
os cuidados com o infarto. Os níveis de colesterol devem ser medidos
periodicamente e as mulheres que fumam não devem usar anticoncepcionais orais.
Lembre-se: a prevenção, a identificação precoce e o controle
adequado dos fatores de risco diminuem a probabilidade de um ataque cardíaco.
FONTE:Copyright © Bibliomed, Inc.
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