A FDA, agência que controla a comercialização de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, anunciou que vai investigar se cinco mortes no país estão relacionadas ao consumo de bebida energética. O órgão decidiu abrir o inquérito após receber a denúncia da mãe de Anais Fournier, que morreu em 23 de dezembro do ano passado após sofrer uma arritmia cardíaca.
Segundo o advogado da família de Maryland, a jovem de 14 anos teve uma parada cardíaca enquanto assistia a um filme na TV. Ela foi levada ao hospital inconsciente, mas morreu, segundo a autópsia, pelo excesso de cafeína no organismo que impediu seu coração de bombear sangue.
Anais tomou, em um período de 24 horas, duas latas grandes de 24-oz (cerca de 750 mililitros) que contêm cerca de 240 miligramas de cafeína cada - ou sete vezes mais a quantidade de estimulante da lata de 350 mililitros de refrigerante de cola.
Desde então, os pais tentam provar que a morte da sua filha está ligada ao consumo do energético Monster Energy Drink. Segundo eles, a empresa Monster Beverage falhou em não alertar sobre os riscos da bebida - a marca responde por mais de 30% do mercado e só fica atrás da gigante Red Bull nos Estados Unidos. Além da investigação da agência, a Monster Beverage também está sendo processada pela família de Anais. Um porta-voz da empresa disse que seus produtos eram seguros e que a marca desconhecia qualquer fatalidade causada por suas bebidas.
“Com cores brilhantes e nomes sugestivos, essas bebidas atingem adolescentes sem supervisão ou prestação de contas [à sociedade]. Essas bebidas são armadilhas mortais para jovens, meninos e meninas em fase de desenvolvimento como a minha filha, Anais”, disse a mãe Wendy Crossland à imprensa norte-americana. “Fiquei chocada em saber que a FDA pode regular a quantidade de cafeína em uma lata de refrigerante, mas não nesse tipo de bebida.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário