Até 1984, acreditava-se que os neurônios morriam com o passar do tempo, no processo de envelhecimento. Hoje, no entanto, sabemos que a perda de neurônios só ocorre se estiver associada a processos patológicos e degenerativos, como os quadros que caracterizam a doença de Alzheimer, cortes ou secções dos tecidos nervosos ou acidentes vasculares cerebrais, entre outros. Pesquisas mais recentes também demonstraram que pode ocorrer a renovação funcional de um neurônio lesado. A formação de um neurônio, denominada neurogênese, é um processo lento e, na maioria das vezes, a nova célula nervosa nasce em determinada região cerebral para depois migrar em direção ao local onde outro neurônio foi destruído. Em muitos casos, as redes de neurônios são rearranjadas e as sinapses (conexões entre eles) são reforçadas graças a estimulações. Esses conceitos ficam mais claros quando pensamos em uma lesão cerebral, quando partes adjacentes à região danificada passam a assumir a função da área lesionada, possibilitando a recuperação das funções perdidas.
Pesquisas feitas por médicos brasileiros abrem caminho para a regeneração de neurônios.
A descoberta veio de um laboratório na Universidade Federal de São Paulo.
Nos testes, os pesquisadores provocaram crises de epilepsia nos ratos, isso porque já se sabe que crises prolongadas de epilepsia podem causar lesões em neurônios. Os ratos foram separados em dois grupos. Um deles passou a receber doses diárias de Ômega 3. Foi aí que os cientistas notaram que no cérebro desses ratos que tomaram o suplemento surgiram novos neurônios.
"Podemos dizer que o cérebro é capaz de se regenerar, ou seja, capaz de produzir novas células. Então isso para a gente é bastante interessante", explica o médico, Fulvio Alexandre Scorza.
No ano passado os cientistas já haviam descoberto que o Ômega 3 ajudava a prevenir a morte das células cerebrais.
Os médicos tomaram o cuidado de testar nos ratos a mesma quantidade de Ômega 3 recomendada aos humanos: que é a ingestão de peixes três vezes por semana. Os peixes que contêm a maior quantidade de Ômega 3 são o Salmão, o Atum e a Sardinha, de águas frias e profundas.
fonte:ciencia
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