terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ainda no ensino médio, aluno passa em seis faculdades de medicina e recorre à Justiça para poder cursar.

Ainda no ensino médio, Leandro Bertollo passou em seis vestibulares de medicina
Um estudante de São José do Rio Preto (440 km de São Paulo) foi aprovado no vestibular de seis faculdades de medicina, quatro federais e duas estaduais, sem ter ainda concluído o ensino médio.
 
Leandro Bertollo, 17, entrou na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), na Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre e na Universidade Federal de Santa Catarina.
 
Como treineiro, passou também na USP (Universidade de São Paulo) e na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
 
Para tentar cursar a Unifesp, a família do estudante ingressou com uma ação na Justiça Federal de São Paulo, mas, em primeira instância, não obteve decisão favorável.
 
Segundo o advogado da família, Helcio Piovani, 32, o juiz negou o pedido com base no edital do vestibular da Unifesp, que exige que o candidato tenha concluído o ensino médio.
 
 A família vai recorrer da decisão no TRF (Tribunal Regional Federal) nos próximos dias. O advogado afirma que, se no Judiciário prevalecer a “visão tradicional”, serão poucas as chances de uma sentença favorável.
 

Sem pressa

Bertollo, no entanto, está tranquilo e continua a cursar o terceiro colegial em escola de período integral. O jovem afirma que no fim do ano pretende disputar novamente uma vaga na Unifesp em 2014, sua faculdade preferida.
 
O estudante diz que não imaginava que fosse ser aprovado em nenhuma das universidades. “Eu achei que tinha ido mal na prova da Unifesp”, afirma. Nos outros exames o desempenho teria sido “um pouco melhor”.

"Nunca tirou menos que nove"

Leandro, segundo a mãe, a geneticista Eny Bertollo, 49, professora da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto),  sempre se dedicou aos estudos. “A maioria das notas dele, desde pequeno, é dez. Nunca tirou menos do que nove”, afirma.
 
O rapaz se define como uma pessoa focada no que faz. Depois de passar o dia todo no colégio, volta para casa às 19h, janta e estuda até as 22h. Aos finais de semana, se entrega às apostilas até as 18h, no sábado e no domingo. À noite, vai ao cinema e restaurantes com os amigos.
A escola em que estuda adota um formato de ensino que "concentra os três anos do ensino médio nos dois primeiros anos e, no último, se dedica à revisão", explica Pedro Acquaroni Neto, 60, mantenedor do Colégio London. 
 
O adolescente conta que descobriu que queria ser médico na 8ª série, devido às aulas de biologia e às experiências feitas com animais em laboratório.
 

Nas horas vagas

Leandro tem um pé também nas artes. Ele estuda piano desde os quatro anos de idade, mas, em razão do vestibular, deu um tempo no teclado. Ele afirma gostar de composições clássicas e de estilos alternativos, mas detesta música eletrônica e sertaneja.
 
Segundo o garoto, sua mãe é seu maior ídolo, por estar sempre a seu lado. Ele não torce para nenhum time e sugere, para quem vai prestar medicina, focar no quer.

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