sexta-feira, 25 de maio de 2012

Estudo mostra que latino-americanos bebem menos álcool que europeus e norte-americanos.

As conclusões do estudo mostram como resultado que seis em cada dez pessoas entre os 18 e os 65 anos consomem álcool nos países latino-americanos pesquisados, levando em consideração "que beberam, pelo menos, uma taça no último ano"
Nove países latino-americanos consomem menos álcool do que a Europa e a América do Norte, revelou a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) em um relatório apresentado em ocasião da 65ª Assembleia Mundial da Saúde, principal órgão decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada esta semana em Genebra.
A pesquisa foi feita com base em pesquisas de porta em porta no Brasil, El Salvador, República Dominicana, Costa Rica, Peru, Nicarágua, Venezuela, México e Colômbia e é um trabalho independente sobre padrões de consumo de álcool nos países mencionados, representativos da região latino-americana.
A Flacso, com sede na Costa Rica, foi criada em 1957 com apoio financeiro intergovernamental da América Latina e da Unesco, organização das Nações Unidas para a Ciência, a Cultura e a Educação.
No momento, as conclusões da Flacso mostraram como resultado que seis em cada dez pessoas entre os 18 e os 65 anos consomem álcool nos países latino-americanos pesquisados, levando em consideração "que beberam, pelo menos, uma taça no último ano", informou à AFP o coordenador do estudo, Carlos Sojo.
O consumo per capita médio durante um ano nos nove países citado é, segundo a Flacso, de 5,5 litros de álcool puro (8,9 para os homens e 2,3 para as mulheres).
Esta cifra é inferior à média de 6,7 litros anuais atribuídos pela OMS aos mesmos países, mas em um cálculo feito apenas com números de venda de bebidas alcoólicas, não por entrevistas pessoais.
Estes números da OMS demonstram que o consumo da população adulta na Europa é de 13 litros de álcool por ano e por pessoa, enquanto nos Estados Unidos o nível é de 9,4 litros, e no Canadá, de 9,8 litros, acrescentou a Flacso.
A Flacso espera ampliar seu raio de investigação em 2012 para outros cinco países latino-americanos: Honduras, Guatemala, Panamá, Equador e Argentina.
Considerando as disparidades entre os nove países pesquisados, a Flacso acrescentou que 74,5% de seus moradores consomem "pouco ou nada de álcool", ao mesmo tempo em que dos 25% restantes, 20% constituem uma população em alto risco de fazê-lo em grandes doses, embora ocasionalmente, ficando os 5% restantes em risco alto de beber muito a longo prazo.
"É necessário desenvolver políticas públicas baseadas na informação, o que estamos fazendo na Flacso, para que se possa combater o consumo nocivo" no segmento de alto risco, disse Sojo.
A prioridade são "os 5% de pessoas que bebem diariamente entre quatro doses (mulheres) e seis (os homens), o que é nocivo para a saúde", afirmou Carlos Sojo.
"Em termos de prevalência de consumo de bebidas alcoólicas, ao menos uma vez nos últimos 12 meses, a situação da América Latina mostra uma prevalência inferior às da Europa, Estados Unidos e Canadá", acrescentou Sojo.
Segundo informações da OMS, a Flacso abordou a pesquisa com o rigor sociológico da objetividade, condição aceita pela organização "Cervejeiros Latino-Americanos", sem fins lucrativos, que reúne a indústria de cerveja do continente e financiou o trabalho, informou à AFP seu secretário-geral, José Manuel Juanatey, presente na assembleia.
A 65ª Assembleia Geral da OMS foi inaugurada na segunda-feira em Genebra e será celebrada até 26 de maio com, com a participação de 3.000 pessoas de 178 países (de um total de 194 Estados-membros da OMS).

Brasil registra remédio que pode prevenir HIV

A aprovação não significa que a droga passará automaticamente a ser usada no tratamento do HIV ou indicada antes de relações sexuais desprotegidas
O remédio Truvada, que recebeu o aval da comissão consultora da agência sanitária dos EUA para ser usado na prevenção de infecção pelo HIV, foi registrado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O antirretroviral é produzido pela Gilead.

Isso não significa, porém, que a droga passará automaticamente a ser usada no Brasil para tratamento de pacientes com HIV ou indicada antes de relações sexuais desprotegidas com parceiros soropositivos ou com situação sorológica desconhecida.


“O governo precisa discutir qual estratégia será adotada para o medicamento e chamar a sociedade para esse debate”, diz Jorge Beloqui, do Grupo Incentivo à Vida de São Paulo.


No início do mês, uma comissão ligada ao FDA recomendou a indicação do uso da droga, uma combinação de tenofovir com emtricitabina na prevenção da Aids. Isso permitiria que pessoas não contaminadas pudessem manter relações com soropositivos sem usar preservativo.


O remédio já é usado em vários países no tratamento de pacientes com Aids. Se a autorização for concedida pelo FDA, a fabricante poderá também indicar o remédio para prevenir a infecção. O Departamento de DST Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde afirmou que o registro da Anvisa não vai modificar, no momento, a estratégia brasileira de combate à doença. As informações são do jornal
O Estado de São Paulo.

domingo, 20 de maio de 2012

Festival de Inverno - 10 anos, Escrito por Fátima Souza(www.cnagitos.com)

Festival de Inverno - 10 anos!!! 

 Escrito pela  Fátima Souza













Quem subiu a Serra de Santana, na noite deste sábado (20), para o lançamento da décima edição do Festival de Inverno, de Cerro Corá, foi recepcionado por uma neblina e uma névoa providencial, e pelo frio típico do município, apesar da estiagem que maltrata o Nordeste, este ano.

O “ponta pé” inicial do Festival, que esse ano acontecerá no primeiro final de semana de junho, (01, 02 e 03) e tem como tema: “Uma década, de sonho, reencontro, cultura, arte e lazer”, aconteceu na belíssima estrutura do novo terminal turístico, ainda em fase de conclusão, e contou com a presença de autoridades, convidados, apoiadores, organizadores e a população local.

Na cerimônia, representantes dos principais apoiadores estiveram presentes, entre eles: Banco do Brasil, Bradesco, SICOOB e SEBRAE. O gerente do SEBRAE, Sheyson Medeiros, elogiou o novo espaço em Cerro Corá e falou do papel do evento no desenvolvimento do município. “Já começamos com o pé direito, nesse espaço maravilhoso. É um imenso prazer  fazer parte desta festa tão importante para  desenvolvimento econômico da cidade, o SEBRAE acredita e por isso está aqui”, disse.

Em pleno crescimento a cada edição, o décimo ano do Festival já iniciou com a expectativa de ser  o maior a ser realizado. E o idealizador da festa, João Batista, vislumbra o evento e o potencial turístico do município com outros “olhos”:  Cerro Corá já está despontando com o turismo de segunda residência. Vejo daqui a 10 ou 20 anos um circuito de festivais de inverno, um víeis econômico forte, fortalecendo o turismo na região. Quero parabenizar o prefeito Novinho pela continuidade do festival, que nasceu com uma ideia de muitos e virou uma realidade de todos”, concluiu.

O prefeito Novinho falou dos desafios de se promover um evento dessa dimensão, em um município que sobrevive exclusivamente do FPM. “Nós tivemos o atrevimento de darmos continuidade a esse evento, estou terminando minha gestão, e dando conta da responsabilidade que Joãozinho me confiou, e ainda, nesse lugar bonito aconchegante que será entregue a comunidade. O Prefeito aproveitou para agradecer os organizadores e apoiadores do evento: “Cerro Corá mudou a cara, precisamos continuar com essa visão, estamos competindo por igual com Martins, que até então era os “meninos dos olhos de ouro” do Estado. Quero agradecer os parceiros, os comerciantes, secretários, daqui a 14 dias quero contar com cada um dos cerro-coraenses para receber bem e com todo carinho todos os visitantes que chegarão na cidade”, completou.
Durante a cerimônia foi feita um retrospectiva dos 9 anos do evento, e divulgada tão esperada programação. Confira:

Sexta – dia 01 de junho
PROGRAMAÇÃO CULTURAL
Filarmônica de São Tomé – RN
Grupo Parafolclórico – NAC
Grupo Teatral Caboclinho – Fundação José Augusto
Grupo de Flautas do PETI – Cerro Corá – RN

PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Perfume de Gardênia
Titico Félix
Uskaravelho
Forró Só Nós
Deixe de Brincadeira
Às 7h- II Circuito de Xadrez Escolar

Sábado – 02 de junho

PROGRAMAÇÃO CULTURAL
Filarmônica de Santana do  Matos – RN
Grupo Fandango – Fundação José Bezerra
Grupo de Dança do Pró-Jovem Noturno – Cerro Corá – RN
Grupo Sanfonado e Violão do Seridó – Parelhas
PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Isaque Galvão
Ana Paula
Renato e seus Blue Caps
Os Manicacas do Forró
Forrozão Só o Mii
07h – Trilhas Ecológicas;
17h - Passeios Ciclísticos Currais Novos/Cerro Corá;
17h – Pôr do Sol, ao som do saxofonista Carlos Guedes atravessando o  Açude Eloi de Souza, até a pousada Colinas do Flamboyants;
17h – Trekking.
Domingo – 03 de Junho

PROGRAMAÇÃO CULTURAL
Filarmônica de Jardim do Seridó – RN
Grupo Teatral Arquepes – NAC
Repentista João Gomes Sobrinho – Fundação José Augusto
Pastoril da Nascente – Cerro Corá - RN
PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Krystal
Forrozão sem Limite e Nilson Caetano
Bonde de Brasil
Forró Gandaia
Os Tártaros
07h – Passeio Ciclístico saindo do largo da Prefeitura, Cavalgadas e Trilhas Ecológicas.
Quem não estiver fisicamente no evento, não se preocupe porque vai puder acompanhar, em tempo real, via internet, nos dias 01 e 02, pelo Grupo CN Agitos, através da sua TV online VIVOAGITOS.COM. “Todos os anos realizamos uma grande transmissão, entrevistando as autoridades, população e visitantes, e interagindo com cerro-coraneses espalhados por toda parte do mundo, esperamos repetir esse ano, e contamos com a participação de todos, congestionando nossos canais de interação”, disse a diretora do Grupo CN Agitos, Fátima Souza.
A noite do lançamento teve o forró pé de serra da banda parelhense Cipó de Boi, os clássicos de Zé Ramalho, na voz do seu cover Zeca Ramalho e a banda Avohai, e ainda a peça tetral Cordel do PETI, abrilhantando o lançamento.
E assim foi dada a largada oficial de um dos maiores eventos culturais do RN. Muita cultura, ótima música, turismo e gastronomia, regados ao um bom vinho e ao frio da serra, esperam por você em Cerro Corá.
##Confira a cobertura fotográfica completa


quinta-feira, 10 de maio de 2012

VEJA - CONVERSAS GRAVADAS DE CARLINHOS CACHOEIRA DIVULGADAS NAS TVS.







IMPORTANTE - Ministério lança cartão para índios terem acesso mais fácil a hospitais e remédios

BRASÍLIA - A novidade foi apresentada pelo ministro Alexandre Padilha aos participantes da Oficina de Organização de Trabalho e Saneamento Ambiental de Saúde Indígena...

Agência Brasil
BRASÍLIA - O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (10) um cartão de identificação que facilitará o acesso dos índios a atendimento hospitalar e ainda oferecerá ao médico informação individual sobre o histórico do paciente. O Cartão Nacional de Saúde, também conhecido por SUS Indígena, ainda fornecerá informações e indicadores para elaboração de políticas destinadas às populações indígenas.
A novidade foi apresentada pelo ministro Alexandre Padilha aos participantes da Oficina de Organização dos Processos de Trabalho de Edificações e Saneamento Ambiental de Saúde Indígena, em Brasília.
“Muitos indígenas não possuem nem CPF nem qualquer documento de identificação, e isso pode gerar dificuldades na hora que precisarem de atendimento hospitalar ou de medicamentos. Tendo em mãos esse cartão, o hospital será obrigado a atendê-lo e entregar os remédios que forem necessários”, explicou o ministro.
No mesmo evento, Alexandre Padilha anunciou o lançamento para a população indígena do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica, que administra o fornecimento de remédios. Chamado de Hórus, esse sistema permitirá um acompanhamento mais preciso da distribuição e do estoque de medicamentos destinados a aldeias indígenas em tempo real.
O cartão de atendimento para uso dos índios ajudará o governo na tomada de decisões sobre as ações de saúde mais adequada em áreas como vigilância epidemiológica, prevenção na atenção básica e demanda da rede hospitalar, segundo o Ministério da Saúde. Por meio dele, gestores e profissionais de saúde também terão acesso a históricos individuais de atendimento.
A expectativa do Ministério da Saúde é contemplar com o cartão todos os índios brasileiros, de forma a ajudar o país a “pagar a dívida histórica” que tem com seus primeiros habitantes. Atualmente, há aproximadamente 620 mil indígenas cadastrados no Sistema de Informação de Atenção à Saúde Indígena (Siasi).
Já o sistema Hórus, que desde 2009 está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a estados e municípios, permitirá às unidades da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) acompanhar de forma individualizada o uso, a distribuição e o estoque de medicamentos em tempo real, ampliando o acesso da população indígena a medicamentos essenciais.
As medidas anunciadas foram bem recebidas pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena do Vale do Javarí (AM), Jorge Marubo. Ele, no entanto, manifestou preocupação com medidas de saúde preventiva.
“Sabemos que muitos avanços têm sido conquistados, mas há ainda dificuldades principalmente nas pontas [do processo]. Muitos dos problemas de saúde são decorrentes do saneamento precário e da falta de unidades de saúde em nossas comunidades”, afirmou.
Outro problema levantado pelo líder indígena é o acesso às aldeias. “Há problemas de transporte até elas, o que prejudica inclusive a chegada dos medicamentos”, disse Marubo à Agência Brasil.
Pouco antes, o ministro da Saúde havia comentado que algumas empresas haviam recusado entregar medicamento nas comunidades da Região Norte. “Dos 130 itens [medicamentos] destinados às aldeias, 19 não foram entregues por recusa das empresas. Por isso, tomamos a decisão de fazer a compra desses medicamentos de forma centralizada em Brasília, a partir de onde eles serão encaminhados às aldeias”, disse Padilha.
Sobre os demais problemas apresentados por Marubo, o ministro garantiu que não há limites orçamentários para a estruturação da saúde e do saneamento indígena, mas isso, acrescentou, “está condicionado à apresentação de projetos bem estruturados”.

LEIA - Dietas restritivas são pouco eficazes a longo prazo, diz estudo francês

Dieta para Perder Peso
Os regimes restritivos, como a dieta Dukan, podem reduzir o peso rapidamente, mas são menos eficazes a longo prazo do que os conselhos nutricionais das autoridades de saúde sobre alimentação saudável, variada, em quantidades moderadas e sem beliscar entre as refeições, afirma um estudo francês.
O relatório, baseado nas respostas de 105.711 pessoas questionadas mensalmente durante três anos, revelou que apesar de certos regimes restritivos, como a dieta Dukan, "terem um efeito espetacular em um primeiro momento, não são eficazes a longo prazo", explicou o coordenador do estudo, Serge Hercberg.
O Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica francês (Inserm) detectou que até 76% das pessoas que tinham seguido as recomendações nutricionais oficiais tinham conseguido perder peso e mantido a forma conseguida inclusive seis meses após abandonar a dieta.
No entanto, aqueles que seguiram dietas como a hiperproteica Dukan ou a Cohen, personalizada segundo os níveis hormonais de cada indivíduo, assim como regimes "caseiros" tiveram resultados eficazes apenas a curto prazo.
Além destes resultados, os responsáveis pelo relatório "NutriNet-Saúde" destacaram dados que consideram alarmantes: 7 em cada 10 mulheres e 5 em cada 10 homens gostariam de diminuir seu peso, apesar de muitos deles não apresentarem quilos a mais.
De fato, quase 6 em cada 10 mulheres e 3 em cada 10 homens sem sobrepeso gostariam de estar mais magros, um fato que deveria gerar reflexão sobre o ideal promovido na sociedade, alertou Hercberg.
Este professor da Universidade Paris 13 acrescentou que quase 30% das mulheres seguiram cinco dietas em sua vida e 9% tinham passado de dez, uma "espiral de regimes" que os especialistas consideram perigosa para a saúde.
Além disso, 36% delas tinham começado a fazer dieta entre os 15 e 25 anos, uma precocidade que também preocupa os responsáveis do estudo.
"Sem indicação médica, não há nenhuma razão para se impor um regime severo quase perpétuo", disse Hercberg, para quem no caso das adolescentes, estas práticas são "ainda mais questionáveis" porque podem gerar problemas de crescimento.

VEJA - Infecções tratáveis são uma das principais causas de câncer, diz estudo

Bactéria responsável por gastrite é uma das principais causas de câncer de estômago

Um em cada seis casos de câncer - 2 milhões por ano - tem origem em infecção tratáveis ou evitáveis, segundo um novo estudo.

O estudo, publicado na revista
The Lancet Oncology, analisou a incidência de 27 tipos diferentes de câncer em oito regiões do mundo e concluiu que quatro doenças são as principais responsáveis.

As infecções provocadas pelo vírus do papiloma humano (HPV), pela bactéria
Helicobacter pylori e pelos vírus da hepatite B e C são responsáveis por 1,9 milhões dos casos de câncer de estômago, câncer hepático e câncer de colo do útero.

Cerca de 80% destes casos acontecem em países em desenvolvimento.


A equipe da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC), na França, que realizou o estudo, diz que mais esforços são necessários para lidar com estes casos "evitáveis" e reconhecer o câncer como uma doença "comunicável", ou seja, que se propaga com facilidade.


"A aplicação dos métodos existentes de saúde pública para a prevenção de infecções - como as vacinas - e a prática segura das injeções ou dos tratamentos antimicrobianos poderiam ter um efeito substancial nos futuros casos de câncer em todo o mundo", dizem os médicos Catherine de Martel e Martyn Plummer, que lideraram a pesquisa.


'Evitáveis'


Para a pesquisa, os cientistas analisaram as estatísticas da Globocan, um projeto da IARC e da Organização Mundial da Saúde que reúne os dados sobre a incidência de mortalidade e a prevalência dos principais tipos de câncer em 184 países.


Com estes dados, eles calcularam a porcentagem de casos atribuídos a infecções e o número de mortes que poderiam ter sido evitadas com tratamentos médicos preventivos.


Cerca de um terço dos casos ocorrem em pessoas com menos de 50 anos.


Entre as mulheres, o câncer de colo de útero corresponde a cerca de metade dos cânceres causados por infecções. Em homens, mais de 80% dos casos é de cânceres de fígado ou estômago.


Já existem vacinas preventivas contra o vírus do HPV - ligado ao câncer de colo de útero - e contra o vírus da hepatite B - uma causa conhecida de câncer hepático.


Além disso, especialistas afirmam que o câncer de estômago pode ser evitado tratando a infecção pela bactéria H. pylori com antibióticos.


Pelo menos 1,5 milhão das 7,5 milhões de mortes por câncer anuais poderiam ser evitadas, de acordo com o levantamento da IARC.

terça-feira, 1 de maio de 2012

LEIA -Ginecologista americano diz ter encontrado o Ponto G


Ginecologista americano diz ter encontrado o Ponto G

  • Arte UOL
    O Ponto G ficaria na parede inferior frontal da vagina
Um ginecologista americano afirma ter encontrado o famoso Ponto G, um suposto centro de extremo prazer feminino localizado na parede inferior frontal da vagina e cuja existência é alvo de controvérsia há décadas.
Adam Ostrzenski, do Instituto de Ginecologia de St. Petersburg, Flórida, diz ter confirmado a existência do Ponto G depois de realizar uma dissecação na parede interna da vagina do cadáver de uma mulher de 83 anos, indica o estudo publicado nesta quarta-feira pelo Journal of Sexual Medicine.
O Ponto G identificado se apresenta como uma pequena cavidade bem definida na parte posterior da membrana perineal, de 16,5 milímetros da parte superior do orifício da uretra, criando um ângulo de 35 graus na parte lateral da uretra, de acordo com Ostrzenski, principal autor do estudo.
Formado por três regiões distintas, o Ponto G no cadáver analisado media 8,1 mm de comprimento e uma largura variável entre 3,6 mm e 1,5 mm e uma altura de 0,4 mm.
Uma vez extraído do cadáver, o Ponte G e todos os tecidos adjacentes variaram entre 8,1 a 33 mm.
"Este estudo confirma a existência anatômica do Ponto G, o que pode levar a uma melhor compreensão e melhoria da função sexual feminina", segundo Ostrzenski.
O editor-chefe da revista, Irwin Goldstein, destacou a descoberta por contribuir para o conhecimento da anatomia sexual da mulher e sua fisiologia.
O Ponto G, chamado assim pelo ginecologista alemão Ernst Graefenberg, o primeiro a mencionar sua existência em 1950, é um lugar muito sensível na vagina que, estimulado, concede à mulher grande excitação e um potente orgasmo.
No entanto, a existência do Ponto G foi questionada por quem afirma que é subjetivo, e alguns especialistas afirmam, inclusive, que não existe.
Os críticos questionam também as descobertas mais recentes, destacando que o Ponto G só parece excitar algumas mulheres e que sua importância pode ser exagerada pelos vendedores de produtos sexuais.
"É um estudo de caso relativo à dissecação do corpo de uma mulher cujas experiências sexuais desconhecemos", escreveu a pesquisadora sexual Debby Herbenick na revista digital Daily Beast.
"Ela desfrutava de penetração vaginal? Achava prazerosa ou erótica estimulação do Ponto G? Não sabemos", assinalou.
Só para algumas
Em 2008, a mesma revista publicou um artigo de um pesquisador italiano que fez uma ecografia da área da vagina de nove mulheres que diziam experimentar orgasmos vaginais e 11 que diziam que não.
Este estudo concluiu que a característica anatômica existe, mas só algumas mulheres a têm.
Os críticos replicaram que não estava claro se o suposto Ponto G é uma estrutura nova ou, simplesmente, uma extensão do clitóris.
Herbenick insistiu que a última descoberta acrescenta pouco à pesquisa.
"Não sabemos quantas mulheres (caso haja alguma) têm estruturas similares. E certamente não sabemos se a estrutura tem algo a ver com a estimulação do Ponto G, o prazer sexual, as sensações eróticas ou o orgasmo", escreveu.
"Não é que as partes do corpo venham com etiquetas que indicam o que são, e chamar essa estrutura de 'ponto G' não faz com que seja".

ATENÇÃO-Um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado por agrotóxicos


Segundo o dossiê, a soja foi o cultivo que mais demandou agrotóxico - 40% do volume total de herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas
Há três anos o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de consumo de agrotóxicos no mundo. Um terço dos alimentos consumidos cotidianamente pelos brasileiros está contaminado pelos agrotóxicos, segundo alerta feito pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em dossiê lançado durante o primeiro congresso mundial de nutrição que ocorre no Rio de Janeiro, o World Nutrition Rio 2012, que termina nesta terça-feira (1º).
O documento destaca que, enquanto nos últimos dez anos o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o brasileiro aumentou 190%. Em 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o posto liderança, representando uma fatia de quase 20% do consumo mundial de agrotóxicos e movimentando, só em 2010, cerca de US$ 7,3 bilhões - mais que os EUA e a Europa.
A primeira parte do dossiê da Abrasco  faz um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde e na segurança alimentar. A segunda parte, com enfoque no desenvolvimento e no meio ambiente, terá seu lançamento durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e na Cúpula dos Povos na Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro.
Segundo um dos coordenadores do estudo, Fernando Carneiro, chefe do departamento de Saúde Coletiva da UnB (Universidade de Brasília), “o dossiê é uma síntese de evidências científicas e recomendações políticas”.
“A grande mensagem do dossiê  é que o Brasil conquistou o patamar de maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Queremos vincular a ciência à tomada de decisão política”, disse Carneiro ao UOL.
Soja é o que mais demanda agrotóxico
Segundo dados da Anvisa e da UFPR compilados pelo dossiê, na última safra (2º semestre de 2010 e o 1º semestre de 2011), o mercado nacional de venda de agrotóxicos movimentou 936 mil toneladas de produtos, sendo e 246 mil toneladas importadas.
Em 2011 houve um aumento de 16% no consumo que alcançou uma receita de US$ 8,5 bilhões. As lavouras de soja, milho, algodão e cana-de-açucar representam juntas 80% do total das vendas do setor.
Na safra de 2011 no Brasil, foram plantados 71 milhões de hectares de lavoura temporária (soja, milho, cana, algodão) e permanente (café, cítricos, frutas, eucaliptos), o que corresponde a cerca de 853 milhões de litros de agrotóxicos pulverizados nessas lavouras, principalmente de herbicidas, fungicidas e inseticidas. O consumo em média por hectare nas lavouras é de 12 litros por hectare e exposição média ambiental de 4,5 litros de agrotóxicos por habitante, segundo o IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o dossiê, a soja foi o cultivo que mais demandou agrotóxico - 40% do volume total de herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas. Em segundo lugar no ranking de consumo está o milho com 15%, a cana e o algodão com 10%, depois os cítricos com 7%, e o café, trigo e arroz com 3% cada.
Maior concentração em hortaliças
Já para a produção de hortaliças, em 2008, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), o consumo de fungicidas atingiu uma área potencial de aproximadamente 800 mil hectares, contra 21 milhões de hectares somente na cultura da soja.
“Isso revela um quadro preocupante de concentração no uso de ingrediente ativo de 22 fungicidas por área plantada em hortaliças no Brasil, podendo chegar entre 8 a 16 vezes mais agrotóxico por hectare do que o utilizado na cultura da soja, por exemplo”, alerta o dossiê.
Numa comparação simples, o estudo estima que a concentração de uso de ingrediente ativo de fungicida em soja no Brasil, no ano de 2008, foi de 0,5 litro por hectare, bem inferior à estimativa de quatro a oito litros por hectare em hortaliças, em média. “Pode-se constatar que cerca de 20% da comercialização de ingrediente ativo de fungicida no Brasil é destinada ao uso em hortaliças”, destaca o estudo da Abrasco.
Riscos para a saúde
O dossiê revela ainda evidências científicas relacionadas aos riscos para a saúde humana da exposição aos agrotóxicos por ingestão de alimentos. Segundo Fernando Carneiro, o consumo prolongado de alimentos contaminados por agrotóxico ao longo de 20 anos pode provocar doenças como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais.
Um fato alarmante foi a constatação de contaminação de agrotóxico no leite materno, afirmou. Para o cientista, não se sabe ainda ao certo as consequências para um recém-nascido ou um bebê que está em fase inicial de formação. “Uma criança é altamente vulnerável para esses compostos químicos. Isso é uma questão ética, se vamos nos acostumar com o nível de contaminação do agrotóxico”, criticou.
Parte dos agrotóxicos utilizados tem a capacidade de se dispersar no ambiente, e outra parte pode se acumular no organismo humano, inclusive no leite materno, informa o relatório. “O leite contaminado ao ser consumido pelos recém-nascidos pode provocar agravos a saúde, pois os mesmos são mais vulneráveis à exposição a agentes químicos presentes no ambiente, por suas características fisiológicas e por se alimentar, quase exclusivamente, com o leite materno até os seis meses”, destaca o estudo.
Recomendações
O dossiê da Abrasco formula 10 princípios e recomendações para evitar e reduzir o consumo de agrotóxicos nos cultivos e na alimentação do brasileiro. Carneiro defende a necessidade de se realizar uma “revolução alimentar e ecológica”.
Segundo o IBGE, cerca de 70 milhões de brasileiros vivem em estado de insegurança alimentar e nutricional, sendo que  90% desta população consume frutas, verduras e legumes abaixo da quantidade recomendada para uma alimentação saudável. A superação deste problema, de acordo com o dossiê, é o desenvolvimento do modelo de produção agroecológica.
Carneiro e sua equipe composta por seis pesquisadores defendem a ampliação de fontes de financiamento para pesquisas, assim como a implantação de uma Política Nacional de Agroecologia em detrimento ao financiamento público do agronegócio e o fortalecimento das políticas de aquisição de alimentos produzidos sem agrotóxicos para a alimentação escolar – atualmente a lei prevê 30% deste consumo nas escolas.
Além disso, o documento defende a proibição de agrotóxicos já banidos em outros países e que apresentam graves riscos à saúde humana e ao ambiente assim como proibir a pulverização aérea de agrotóxicos.
O cientista defende ainda a suspensão de isenções de ICMS, PIS/PASEP, COFINS e IPI concedidas aos agrotóxicos. “A tendência no Brasil é liberalizar ainda mais o uso de agrotóxico, só no Congresso Nacional existem mais de 40 projetos de lei neste sentido. Nós estamos pagando para ser envenenados”, criticou Carneiro.
FONTE-UOL

VEJA A ENTREVISTA DE Sean Goldman para tv.