Uma terapia genética promissora permitiu, a partir da
modificação de células do sistema imunológico, causar a remissão do
câncer em um pequeno grupo pequeno de adultos com uma forma agressiva de
leucemia, revelou um estudo publicado nos Estados Unidos.
Cinco
pacientes com idades entre 23 e 66 anos, que sofriam de leucemia
linfoblástica aguda, tiveram uma remissão completa depois de receber
linfócitos geneticamente modificados provenientes de seu próprio sistema
imunológico.
Este tratamento parece ter eliminado as células
cancerosas que tinham reaparecido apesar da quimioterapia, indicam os
resultados deste teste clínico, chefiado pelo doutor Renier Brentjens,
oncologista do hospital Memorial Sloan-Kettering em Nova York.
O estudo é publicado na última edição da revista "Science Translational Medicine".
Esta
remissão, obtida entre uma semana e 59 dias, segundo os participantes,
permitiu que quatro deles recebessem transplante de medula óssea, um
tratamento eficaz para eliminar este tipo de leucemia mas que requer que
o paciente tenha força para enfrentá-lo.
No quinto participante,
a leucemia ressurgiu três meses depois do uso do tratamento fenético,
quando o paciente estava muito doente para um transplante de medula
óssea. Ele morreu pouco tempo depois.
Dos quatro que receberam transplante de medula óssea, um morreu de embolia pulmonar e outros ainda estão em tratamento.
Esta
técnica genética consiste em recuperar no sangue dos doentes os
linfócitos T, as principais células do sistema imunológico, para
modificá-los geneticamente com um vírus e dotá-los de um receptor
molecular, o que os permite atacar o câncer.
Uma vez modificados,
estes linfócitos são devolvidos ao paciente via perfusão. Também têm a
capacidade de se multiplicar no corpo para uma remissão duradoura.
Esta técnica já foi usada com sucesso nos Estados Unidos em crianças com leucemia.
"Embora
este novo tratamento contra o câncer seja promissor, ainda deve ser
ajustado para que se obtenha a máxima eficácia e sustentabilidade, assim
como para reduzir ao mínimo os efeitos colaterais", afirmaram os
autores da pesquisa.s foram a aposta.
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