quinta-feira, 2 de agosto de 2012

As olimpiadas 2012 atraem a medicina.







As olimpiadas atraem a medicina há muito tempo. Um artigo publicado em 1912 no periódico Boston Medical and Surgical Journal abordava a diferença da constituição dos atletas e como isso poderia ser uma vantagem. Os pesquisadores da época chegaram à conclusão de que o desempenho americano havia sido bom (24 medalhas) devido à mistura de raças do país, que favorecia a prática atlética.
São questões como essas que fazem com que a área se interesse pelos jogos. Um outro artigo, publicado no mesmo periódico em 1851, utiliza um caso que ocorreu em uma olimpíada grega como exemplo. Ao debater o poder da mente em relação ao corpo, o artigo descreve uma ocasião em que um senhor idoso morreu por excesso de emoção ao ver seus três filhos sendo vitoriosos nos jogos.
Outros artigos e pesquisas feitos aos longos dos anos investigam os efeitos que o treinamento extensivo poderia ter nos atletas, fisicamente e intelectualmente. Com o começo dos jogos modernos, em 1896, os médicos foram se interessando cada vez mais, e em 1924 o primeiro médico americano foi enviado pelo país para acompanhar sua delegação.
Desde então o interesse cresceu, com profissionais passando a investigar diversas questões que poderiam afetar o desempenho dos competidores, como a quantidade de calorias ingeridas, condições climáticas de países sede e seus efeitos na saúde, disseminação de patógenos locais nas delegações e problemas emocionais dos atletas.
Com a evolução dos jogos, foram surgindo casos de abuso de substâncias para melhoria de desempenho e mais terapias médicas que davam vantagens aos seus usuários através de práticas que iam contra a ética esportiva, criando um debate interessante para a área.
A tendência é que o interesse médico no evento cresça mais, e que mais pesquisas sejam desenvolvidas abordando questões relacionadas diretamente com os atletas e as modalidades esportivas dos jogos.
Fonte: The New England Journal of Medicine

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