As olimpiadas atraem a medicina há muito tempo. Um artigo publicado em 1912 no periódico Boston Medical and Surgical Journal abordava
a diferença da constituição dos atletas e como isso poderia ser uma
vantagem. Os pesquisadores da época chegaram à conclusão de que o
desempenho americano havia sido bom (24 medalhas) devido à mistura de
raças do país, que favorecia a prática atlética.
São questões como essas que fazem com que a área se
interesse pelos jogos. Um outro artigo, publicado no mesmo periódico em
1851, utiliza um caso que ocorreu em uma olimpíada grega como exemplo.
Ao debater o poder da mente em relação ao corpo, o artigo descreve uma
ocasião em que um senhor idoso morreu por excesso de emoção ao ver seus
três filhos sendo vitoriosos nos jogos.
Outros artigos e pesquisas feitos aos longos dos anos
investigam os efeitos que o treinamento extensivo poderia ter nos
atletas, fisicamente e intelectualmente. Com o começo dos jogos
modernos, em 1896, os médicos foram se interessando cada vez mais, e em
1924 o primeiro médico americano foi enviado pelo país para acompanhar
sua delegação.
Desde então o interesse cresceu, com profissionais
passando a investigar diversas questões que poderiam afetar o desempenho
dos competidores, como a quantidade de calorias ingeridas, condições
climáticas de países sede e seus efeitos na saúde, disseminação de
patógenos locais nas delegações e problemas emocionais dos atletas.
Com a evolução dos jogos, foram surgindo casos de abuso
de substâncias para melhoria de desempenho e mais terapias médicas que
davam vantagens aos seus usuários através de práticas que iam contra a
ética esportiva, criando um debate interessante para a área.
A tendência é que o interesse médico no evento cresça
mais, e que mais pesquisas sejam desenvolvidas abordando questões
relacionadas diretamente com os atletas e as modalidades esportivas dos
jogos.
Fonte: The New England Journal of Medicine
Nenhum comentário:
Postar um comentário