O zika vírus está relacionado ao aumento do número de casos da síndrome de Guillain-Barré, que provoca paralisia grave dos membros com efeitos respiratórios. A conclusão é de um estudo publicado segunda-feira, no periódico científico The Lancet.
Pesquisadores do Instituto Pasteur, na França, analisaram amostras de sangue de 42 pacientes diagnosticadas com Guillain-Barré durante o surto de zika que infectou 66% da população da Polinésia Francesa entre outubro de 2013 e abril de 2014.
Os cientistas realizaram exames sorológicos para verificar a presença de anticorpos contra o vírus da zika no sangue dos pacientes, o que seria um indicativo da infecção. Os resultados mostraram que 41 pessoas, ou 98% do total, tiveram a doença. Já na população em geral, a incidência de zika foi de 36%.
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"Este é o primeiro estudo a avaliar um grande número de pacientes que desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré depois de uma infecção pelo vírus da zika e a fornecer evidência de que o vírus da zika pode causar a síndrome de Guillain-Barré", disse Arnaud Fontanet, principal autor do estudo.
De acordo com os autores, os casos da síndrome ligadas ao zika são mais breves e menos agressivos do que quando desencadeada por outros fatores. A estimativa do risco de desenvolver a síndrome de Guillain-Barré após uma infecção por zika é de 2,4 casos para cada 10.000 infectados. Nos Estados Unidos e na Europa o risco de desenvolver a após infecções como gripe ou dengue fica entre 0,1 e 0,2 casos para cada 10.000 infectados.
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