domingo, 26 de julho de 2015

GERÔ - PAVILHOES DE SANTANA 2015 SHOW,COM VARIAS ENTREVISTAS INTERESANTES.


























Dois remédios baratos são eficazes na redução do câncer de mama reincidente.

Dois medicamentos produzidos de forma genérica e barata se mostraram relativamente eficazes para limitar os riscos de reincidência do câncer de mama entre as mulheres na menopausa - apontam dois estudos britânicos publicados nesta sexta-feira (24) na revista especializada The Lancet.
Estes estudos "sugerem que duas classes diferentes de medicamentos, os inibidores de aromatase (IA) e os bifosfatos, podem cada um melhorar as perspectivas de sobrevida para as mulheres na menopausa quem têm câncer de mama em fase inicial", informou a revista médica britânica.

Os inibidores de aromatase (IA) correspondem a um novo tipo de terapia hormonal, tratamento que tem por princípio impedir a ação estimulante dos hormônios femininos nas células cancerígenas.

Estes tratamentos são dirigidos aos tumores "hormonossensíveis", ou seja, sensíveis aos hormônios - cerca de 80% do total de cânceres de mama.

Pesquisadores de um grupo de pesquisa britânico sobre o câncer de mama (EBCTCG) se debruçaram sobre nove estudos sobre os IA que dizem respeito a um total de 30 mil mulheres para descobrir que estes medicamentos poderiam fornecer melhores resultados que o tratamento padrão, feito com tamoxifeno.

"Em comparação com o taximofeno, o fato de tomar os IA durante cinco anos reduziu a possibilidade de reincidência do câncer por volta de um terço (30%) e limitou o risco de morte por câncer de mama em cerca de 15% sobre os dez anos que se seguiram desde o início do tratamento", afirmou The Lancet.

Para o principal autor do trabalho, Mitch Dowsett (Royal Marsden Hospital de Londres), os IA oferecem "uma proteção significativamente maior do que a dada pelo tamoxifeno".

Mas estes tratamentos têm efeitos secundários (ondas de calor, dores nas articulações, cansaço, perda óssea) e é preciso acompanhar de perto a administração do medicamento, ressaltou Dowsett.

O segundo trabalho (análise de 26 testes com quase 20 mil mulheres envolvidas) mostra que os bifosfatos, medicamentos contra a osteoporose, reduzem os riscos de ocorrência de metástases ósseas entre as mulheres na menopausa que tiveram câncer de mama.

Entre estas, a administração de bifosfatos permite reduzir em 28% o risco de metástase óssea e reduz em 18% o risco de morte nos 10 anos após o diagnóstico de câncer de mama - segundo o estudo.

Para Richard Gray (Universidade de Oxford), que participou dos dois estudos, "estes dois medicamentos genéricos e acessíveis podem contribuir para a redução da mortalidade por câncer de mama entre as mulheres na menopausa".

Os dois tratamentos também são complementares, já que o principal efeito secundário dos IA é a perda óssea que os bifosfatos permitem corrigir, explicou.

domingo, 19 de julho de 2015

Consumo de refrigerantes leva 184 mil pessoas à morte por ano, diz estudo.



Uma análise descobriu que o consumo de refrigerantes resulta na morte de 184 mil pessoas todos os anos. Para chegar a essa conclusão, os cientistas reuniram dados de dezenas de pesquisas de dieta e estudos prospectivos extensos envolvendo o efeito da ingestão de bebidas açucaradas sobre o índice de massa corporal (IMC) e o diabetes tipo 2, além de estudos relacionados com o efeito do IMC sobre doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Eles usaram dados sobre o consumo de bebidas açucaradas de 62 pesquisas nacionais sobre dieta que incluíram mais de 600 mil pessoas de 51 países examinadas de 1980 a 2010. O estudo foi publicado online no periódico Circulation.
A fim de confirmar quais doenças tinham causado as mortes, os pesquisadores usaram a Global Burden of Diseases, Injuries and Risk Factors 2010, uma análise internacional que é periodicamente atualizada.
Eles estimaram que, em todo o mundo, as bebidas açucaradas causam 133 mil mortes por diabetes, 45 mil por doenças cardiovasculares e 6.450 por câncer.
As mortes associadas a bebidas açucaradas corresponderam a um por cento das mortes por qualquer causa entre japoneses com mais 65 anos e a 30 por cento dessas mortes entre os mexicanos com menos de 45 anos. O estudo descobriu que, nos Estados Unidos, as bebidas açucaradas causam aproximadamente 45 mil óbitos ao ano.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Intoxicação alimentar por peixe é mais comum que se acredita, diz estudo.

Intoxicações provocadas por uma toxina encontrada na barracuda e outras espécies da pesca esportiva foram gravemente subestimadas na Flórida, Estados Unidos, segundo novo estudo – e o problema é muito mais comum em comunidades pesqueiras ao redor do globo do que se pensava, disse a autora principal da pesquisa.
Na Flórida, a intoxicação com a toxina ciguatera é mais elevada entre os latinos, supostamente porque eles gostam mais de comer barracuda, segundo o estudo, publicado há poucos dias em "The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene".
A ciguatera é produzida por algas que crescem em águas quentes, e existe o risco de ela se espalhar na direção norte à medida que os oceanos se esquentam, declarou Elizabeth G. Radke, epidemiologista do Instituto de Patógenos Emergentes da Universidade da Flórida e principal autora do estudo.
A toxina é ingerida por peixes de corais que comem a vegetação e se concentra nos predadores maiores que os devoram. Os níveis mais elevados são encontrados na barracuda, mas ela também é encontrada na garoupa, olho-de-boi, bodião-de-pluma, luciano, cavala e dourado-do-mar. Congelar ou cozinhar não afeta a toxina.
"Nós recomendamos que não se coma barracuda", disse Radke. No caso das outras espécies, comuns em peixarias, "é uma boa ideia estar ciente de que se está correndo um risco. Se você passar mal, procure um médico, conte que comeu peixe e, caso tenha sobrado peixe, congele para que ele possa ser examinado".
De acordo com a pesquisadora, peixes pescados nas águas mais frias do Hemisfério Norte apresentam menor probabilidade de ter a toxina, mas o risco não é zero porque os peixes migram.
Vômito severo num período de três horas após a ingestão do peixe é o sintoma mais comum, mas algumas pessoas sentem dor e formigamento na boca, mãos, pés e, às vezes, fraqueza nas pernas. A maioria se recupera, mas, em alguns casos, os sintomas neurológicos, como sentir quente uma superfície fria e vice-versa, se prolongam durante meses.
Não existe tratamento específico, embora o manitol, tipo de açúcar com muitas aplicações médicas, pareça ajudar, explicou Radke.
O estudo de Radke foi acrescido da análise de relatos de intoxicação e de uma pesquisa via e-mail com mais de cinco mil pescadores esportivos. A intoxicação por ciguatera deve ser informada às autoridades da Flórida ao ser diagnosticada pelos médicos; a estimativa oficial é de um caso a cada 500 mil moradores por ano.
O estudo de Radke estimou que o problema fosse 28 vezes mais comum. A intoxicação por ciguatera ocorre com mais frequência em pessoas que pescam ao redor de Miami, do arquipélago Flórida Keys e nas Bahamas, mas é rara no norte da Flórida. A intoxicação é três vezes mais comum entre pessoas de origem latina do que as de outros grupos étnicos.
Esse tipo de intoxicação alimentar é bem conhecido em áreas ao redor de águas quentes no Caribe, Pacífico Sul e no Oceano Índico, disse a cientista. Pesquisa realizada por ela em São Tomás, Ilhas Virgens Americanas, constatou que 25 por cento dos moradores já tiveram o problema e, metade deles, apresentaram sintomas que duraram mais de três meses.