quarta-feira, 29 de maio de 2013

Pesquisa aponta relação entre doença de Chagas e depressão.

O protozoário "Trypanosoma cruzi", causador da doença de Chagas  Receber o diagnóstico de uma enfermidade como a doença de Chagas pode causar mudanças na rotina, nos planos e no estado de espírito dos pacientes? Pode causar apatia e tristezas nos anos subsequentes ao diagnóstico da enfermidade?

Essas e outras perguntas relacionadas à doença começam a ser respondidas por pesquisadores da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) que desenvolveram estudo inédito identificando linhagens do protozoário Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas), circulantes no Brasil, tipos 1 e 2, podem sim provocar desequilíbrio neuroquímico no paciente, resultando em associação biológica entre a doença e o quadro depressivo.

A constatação foi feita a partir do Laboratório de Biologia das Interações da Fiocruz, onde a equipe liderada pela pesquisadora Joseli Lannes identificou que o protozoário causador da doença pode desencadear uma desordem imunológica e neuroquímica associada ao quadro depressivo entre os pacientes.

A partir do estudo, a equipe de pesquisadores da Fiocruz concluiu que a mudança de comportamento registrada nos portadores da doença se dá "a partir da incerteza do destino e do elevado percentual de incurabilidade da doença, agravados pelo baixo nível socioeconômico predominante entre os portadores da enfermidade".

Publicado na revista científica de referência Brain, Behavior and Immunity, o estudo, cuja autora principal é Glaucia Vilar-Pereira, derruba de certa forma a tese predominante até então na literatura médica de que o transtorno recorrente entre pacientes crônicos – e que levava à depressão – era motivado por fatores psicológicos. O estudo sugere, ainda, um tratamento combinado à base de drogas já disponíveis no mercado: benzonidazol e pentoxifilina.

Camundongos apáticos
Segundo a Fiocruz, a ideia que deu origem à pesquisa surgiu quando Joseli Lannes realizava experimentos sobre danos cardíacos com camundongos e, ao longo do estudo, notou que alguns dos animais eram mais apáticos.
Na avaliação de Joseli uma marca inconfundível da depressão é a desistência do paciente - neste caso, do animal. "Para identificar o que estava acontecendo, utilizamos dois grupos de camundongos. Cada grupo foi infectado com cepas tipo 1 e tipo 2 de Tripanosoma cruzi. Constatamos que só o primeiro grupo apresentava imobilidade e desistência quando submetido a testes".

Para a pesquisadora, esse "era um sinal preliminar de que a depressão, na doença de Chagas, poderia não ser um processo psicossomático. Afinal, o animal não tem consciência da doença ou de sua condição social. Os dados indicariam, enfim, que o processo é associado, de fato, à depressão", esclarece.

A cepa tipo 1 é encontrada em todo o Brasil, com maior incidência nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Estima-se que existam dois milhões de portadores da doença de Chagas no país.

Em busca dos biomarcadores que justificassem o comportamento apático dos camundongos, a equipe identificou que os níveis da enzima IDO, que compromete a síntese de serotonina – o neurotransmissor associado à satisfação e à felicidade – estavam acima do normal nos animais incluídos no experimento.

Para Joseli, isso acontece porque a presença do parasito no organismo, ainda que reduzida na fase crônica da doença, induz à expressão da enzima IDO no sistema nervoso central. "Essa enzima degrada o triptofano, aminoácido substrato para a produção da serotonina, reduzindo, assim, os níveis deste neurotransmissor", explicou.

Os pesquisadores trataram os camundongos com uma combinação de benzonidazol, quimioterápico utilizado contra o parasito, e fluoxetina, antidepressivo que aumenta a disponibilidade da serotonina no cérebro. Os resultados foram satisfatórios, mas a melhora significativa dos animais ainda não convenceu a equipe.

"Sabemos que 30% da população mundial não responde à fluoxetina, principalmente pacientes com câncer e doenças autoimunes. Isso ocorre porque nem toda depressão é causada apenas por desordens químicas envolvendo a serotonina. A resposta imunológica à doença também participa deste processo", esclarece.

Os pesquisadores partiram, então, para a análise dos níveis de fator de necrose tumoral (TNF) nos camundongos. Trata-se de uma citocina produzida pelo sistema imunológico durante infecções por parasitas e na presença de tumores, associada a inflamações sistêmicas e alterações de comportamento, como a anorexia.

A resposta aos experimentos que se sucederam foi positiva, o que possibilitou à equipe confirmar que o quadro depressivo, na doença de Chagas, é resultado de um complexo circuito imunológico que interfere de forma contundente no sistema nervoso central, tendo como agente deflagrador o próprio parasito Trypanosoma cruzi.

"Muitas doenças inflamatórias crônicas, tais como artrite reumatoide, também são associadas à depressão e muitos pacientes não respondem a antidepressivos comuns. Nossos achados transcendem a doença de Chagas, pois acreditamos que a pentoxifilina possa ser usada de forma muito mais ampla, estendendo os benefícios a pacientes de diversos agravos", enfatizou Joseli.

Próximo passo
O próximo passo será estender o experimento aos seres humanos. Em breve, uma parceria entre o Laboratório de Biologia das Interações do IOC e o Ambulatório de Referência em Doença de Chagas - coordenado por Wilson Oliveira Junior e vinculado ao Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco (Procape), da Universidade de Pernambuco (UPE) – possibilitará a realização de uma pesquisa clínica para investigar o uso da terapia sugerida pela equipe liderada por Joseli.

A proposta é realizar um estudo com a participação de psicólogos e cardiologistas, com duração prevista de dois anos, para só então testar as intervenções terapêuticas sugeridas pela equipe do IOC.

Para a especialista, se comprovada a eficácia, o protocolo sugerido poderá ser implementado nas unidades de saúde sem demora, uma vez que o benzonidazol, a pentoxifilina e a fluoxetina já estão aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponíveis no mercado.

A Fiocruz esclareceu, ainda, que o estudo contou com a colaboração do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas do IOC, bem como de pesquisadores do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Laboratório de Farmacologia da Neuroplasticidade e do Comportamento, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 Nielmar de Oliveira
Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Matemático peruano resolve problema de 3 séculos sobre números primos.


O peruano Harald Andrés Helfgott conseguiu resolver um problema matemático sem solução por 271 anos. A chamada "conjectura fraca" proposta por Christian Goldbach, em 1742, diz que cada número ímpar maior do que cinco pode ser expresso como uma soma de três números primos, mas ninguém tinha conseguido provar isto. Os números primos são aqueles que só são divisíveis por eles mesmos e por um.
"Nós expressamos em uma linha de texto uma verdade que não tinha sido demonstrada por mais de 270 anos (sobre o problema matemático)", disse Helfgott, em entrevista à Rádio Filarmonia. Veja o estudo.
O especialista lembrou que o problema havia sido descrito por Godfrey Harold Hardy em seu discurso de 1921 como um dos mais difíceis problemas não resolvidos da matemática.
Há ainda a conjectura forte, que diz que todo número par maior que 2 é a soma de dois primos. Como o nome indica, a versão fraca seria confirmada se a versão forte fosse verdadeira: para representar um número ímpar como uma soma de três números primos seria suficiente subtrair 3 dele e aplicar a versão forte para o número par resultante. Por exemplo, 34 é a soma de 11 com 23. Para chegar em 37, bastaria somar 11, 23 e 3.
A conjectura forte não é abordada no estudo. Seu trabalho faz parte de uma longa linha de papéis usando uma técnica chamada de "método do círculo de Hardy-Littlewood-Vinogradov". A ideia geral é transformar uma questão sobre números, neste caso, os primos, em integrais em círculos usando técnicas originalmente provenientes da análise de planos complexos.
Helfgott é pesquisador do Centro Nacional para Investigação Científica (CNRS) em Paris e seu estudo está disponível nos arquivos da Universidade de Cornell e ainda necessita revisão.

Números primos gêmeos

Na semana passada, estudo publicado no Annals of Mathematics desvendou outro antigo problema com números primos, os números primos gêmeos -- que são aqueles cuja diferença é igual a dois. Os pares de números primos gêmeos são 3 e 5, 5 e 7, 11 e 13 etc.. A pesquisa de Yitang Zhang provou que os números primos gêmeos são infinitos, como postulava a teoria de 1849 do francês Alphonse de Polignac.
A mais importante utilização dos números primos é no reforço de sistemas de segurança em criptografia. Pode-se dizer que um sistema criptografado é tão mais seguro quanto maiores forem os primos utilizados na sua estrutura. A questão então passa por determinar se um número é primo ou não. 
Do UOL, em São Paulo

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Usar celular ou tablet à noite pode prejudicar o sono, revela estudo.


Segundo neurologista, a exposição à luminosidade a noite interfere na liberação da melatonina, hormônio que faz ter vontade de dormir Más notícias para os fãs de Angry Birds, Candy Crush Saga, viciados em Facebook e outras formas de entretenimento digital. Passar muito tempo olhando para a tela de seu smartphone ou tablet durante a noite pode prejudicar o sono e, consequentemente, a sua saúde. O alerta é do especialista Charles Czeisler, da Faculdade de Medicina de Harvard, em um artigo publicado na edição desta quinta-feira (23) da revista Nature.

O tipo de luz emitida por esses dispositivos, segundo Czeisler, é especialmente prejudicial à indução natural do sono, associada aos chamados ciclos circadianos. E em um mundo em que as pessoas já dormem tradicionalmente pouco, e mal, isso pode ser um problema sério para a saúde. Várias pesquisas publicadas nos últimos anos revelam uma forte ligação entre privação de sono e a ocorrência de doenças como obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares, enfraquecimento do sistema imunológico e até câncer.

"O sono é essencial para a nossa saúde física e mental. Por isso, é vital que aprendamos mais sobre o impacto do consumo de luz e outras formas pelas quais nosso 'modo de vida 24 horas' afeta o sono, os ritmos circadianos e a saúde", afirma Czeisler.

O "relógio biológico" do organismo é naturalmente controlado pela exposição à luz. Quando a única fonte de luz era o Sol, esse controle era simples: ou era dia ou era noite. Desde que a luz elétrica foi inventada, porém, criou-se uma área cinzenta - ou de penumbra - cada vez maior entre esses dois períodos, que desregula toda a fisiologia do organismo associada aos estados de alerta e sono.

"A exposição à luminosidade no período da noite interfere na liberação de melatonina, que é o hormônio que faz a gente ter vontade de dormir", diz a neurologista Anna Karla Smith, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ela, há sensores na retina dos olhos que, quando expostos à luz, bloqueiam a liberação do hormônio.

"O resultado é que muita gente continua checando e-mails, fazendo lição de casa ou vendo TV até tarde sem nem se dar conta de que já está no meio da noite", diz Czeisler na Nature.

O fator complicador dos tablets, smartphones, laptops e outros gadgets luminosos, segundo ele, é que a luz do tipo LED usada para iluminar suas telas é rica em radiação azul (de menor comprimento de onda), que interfere muito mais nos ciclos circadianos do que a radiação vermelha ou laranja (de maior comprimento de onda), que prevalece nas lâmpadas incandescentes e na luz natural do entardecer - que inicia a liberação de melatonina.

O período mínimo de sono recomendado pelos médicos é de sete a nove horas por dia. Nos Estados Unidos, porém, cerca de 30% das pessoas empregadas dormem menos do que seis horas, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, citados pela Nature.

Na cidade de São Paulo, a população dorme em média seis horas e meia por dia, segundo pesquisa realizada em 2007 pelo Instituto do Sono da Unifesp (a mais recente disponível). Quase 80% dos paulistanos sofrem de algum distúrbio do sono e mais de 45% têm dificuldade para dormir.

Diferença

Para a publicitária Nicole Bichueti, de 31 anos, a impressão é de que o tablet causa mais insônia do que o smartphones. "Em casa, uso para ler textos extensos, mas evito fazer isso antes de dormir, pois me tira o sono", afirma. "Já com o celular, no qual acesso as redes sociais, costumo ficar até antes de dormir e sinto pouca diferença."

Ela afirma, porém, que quando precisa de boas horas de sono deixa o celular de lado. "Se estou cansada e preciso realmente dormir, nem olho o telefone para não cair em tentação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

sábado, 18 de maio de 2013

VEJA - Pesquisadores descobrem 15 novas espécies de aves na Amazônia.








Desde a segunda metade do século 19, a ornitologia brasileira não dava uma contribuição tão significativa para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade: 15 novas espécies de aves da Amazônia serão formalmente descritas pela primeira vez no próximo mês.
As descobertas serão publicadas em uma série de artigos científicos previstos para junho, em volume especial do Handbook of the birds of the world (Enciclopédia dos pássaros do mundo, em tradução livre), da editora espanhola Lynx Edicions. Esse tomo fecha uma coleção de 17 livros que, por seu caráter enciclopédico e didático, é adotada como fonte de consulta por ornitólogos profissionais e amadores.
Os autores das descrições pertencem a três instituições nacionais de pesquisa: o Museu de Zoologia da USP (Universidade de São Paulo), na capital paulista; o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), com base em Manaus; e o MPEG (Museu Paraense Emílio Goeldi), sediado em Belém. A pesquisa contou, ainda, com o apoio do Museu de Ciência Natural da Universidade Estadual da Louisiania, nos Estados Unidos.
Das novas espécies, 11 são endêmicas do Brasil e o restante pode também ser encontrado no Peru e na Bolívia. Entre as recém-descobertas, oito delas ocorrem somente a oeste do rio Madeira, na parte ocidental da Amazônia; cinco habitam exclusivamente terras entre esse curso d'água e o rio Tapajós, no centro da região Norte; e duas vivem apenas a leste do Tapajós, no Pará, na porção mais oriental da floresta tropical.
Em termos numéricos, as novas espécies amazônicas representam um acréscimo de quase 1% na biodiversidade nacional de aves. "Somos o segundo país com maior número de espécies de aves conhecidas, cerca de 1.840", afirma Luís Fábio Silveira, curador do setor de ornitologia do Museu de Zoologia da USP, um dos coordenadores da iniciativa.
Os ornitólogos não apresentavam ao mundo, de uma só vez e em uma única obra, um conjunto tão numeroso de novas aves brasileiras desde 1871, quando saiu o livro Zur Ornithologie Brasiliens. Nessa obra, o austríaco August von Pelzeln (1825-1891) divulgou 40 espécies de aves coletadas pelo naturalista Johann Natterer (1787-1843), também austríaco, em suas viagens pela Amazônia brasileira.

Publicação de impacto
No volume especial, os autores descrevem a morfologia (formas e estruturas), a genética e o canto das novas espécies. Por meio de mapas específicos para cada ave, mostram ainda seus locais de ocorrência. No entanto, até que o livro seja oficialmente publicado, o nome científico e alguns detalhes sobre a anatomia e o modo de vida das novas espécies não podem ser divulgados.
Há apenas duas décadas, a descrição de uma nova espécie de ave, como ocorria com a maioria dos seres vivos, baseava-se apenas na singularidade de sua anatomia e aparência externa. Se a plumagem e as estruturas ósseas de um exemplar eram diferentes significativamente dos traços encontrados nas espécies conhecidas, esse animal podia ser rotulado como sendo de uma nova espécie.
Hoje, além da morfologia, outros dois critérios fundamentais são usados para propor a existência de novas espécie de aves: a análise de suas vocalizações (canto e sons) e de seu material genético. "Atualmente há pesquisadores que propõem a existência de uma nova espécie de ave mesmo quando apenas um desses três parâmetros se mostra distinto das demais espécies conhecidas", explica Silveira. "Fomos conservadores em nosso trabalho e propusemos uma nova espécie apenas quando encontramos divergências em pelo menos dois desses três critérios."
Das aves até agora desconhecidas e sem registro na literatura científica, a maior e mais espetacular é uma espécie de gralha, do gênero Cyanocorax, com cerca de 35 centímetros de comprimento, que vive apenas na beira de campinas naturais situadas em meio à floresta existente entre os rios Madeira e Purus, no Amazonas.
"Essa gralha está ameaçada de extinção", diz Mario Cohn-Haft, curador da seção de ornitologia do Inpa, principal descobridor do cancão-da-campina, nome popular cunhado para a ave. "Seu habitat está em perigo e podemos perder a espécie antes de ter tido tempo de estudá-la a fundo."
Sua principal região de ocorrência é um complexo de campinas, distante 150 quilômetros ao sul de Manaus, numa área próxima à rodovia BR-319, que liga a capital amazonense a Porto Velho. A estrada está sendo reformada e os pesquisadores temem que o acesso facilitado ao local coloque em risco o habitat da espécie.


domingo, 12 de maio de 2013

Médico explica alergias alimentares e derruba mito de que glúten engorda.

Alergias alimentares podem causar sintomas que vão desde dores abdominais, gases e diarreia até sintomas mais graves, como edema de glote

  • Alergias alimentares podem causar sintomas que vão desde dores abdominais, gases e diarreia até sintomas mais graves, como edema de glote
Você costuma sentir dores abdominais frequentes, gases e diarreia após a ingestão de certos alimentos? Pode ser que você tenha alguma alergia ou intolerância alimentar e, nesse caso, cortar certos itens da dieta pode fazer toda a diferença. Para explicar como esse problema é diagnosticado, nesta edição do @saúde, o colunista do UOL Jairo Bouer entrevista o gastroenterologista Ricardo Barbuti, da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Segundo ele, casos de alergias alimentares estão mais frequentes. Em primeiro lugar, porque as pessoas têm mais acesso ao diagnóstico, mas  há outros fatores envolvidos: ausência de aleitamento materno, aumento de cesarianas e uso indiscriminado de certos medicamentos e aumento do consumo de corantes, entre outros. 
Barbuti explica qual a diferença entre alergia e intolerância. A primeira é uma reação imunológica descontrolada a determinado elemento. Já a intolerância tem a ver com a falta de alguma enzima ou substância que impede a digestão adequada do alimento. Os dois mecanismos são completamente diferentes.
Ovos, soja, amendoim, proteína do leite, amendoim e crustáceos são alguns dos alimentos que mais causam alergias. O fenômeno pode ser variável: de uma coceira leve, uma diarreia a até algo mais grave, como o edema de glote (inchaço que impede a respiração e pode levar à morte). Já a intolerância costuma provocar mais sintomas gastrointestinais (gases, diarreia e distensão alimentar).

O médico conta que, embora esteja cada vez mais famosa, a intolerância ao glúten, conhecida como doença celíaca, não é tão comum: afeta de 0,5 a 1% da população. Esse caso, segundo Barbuti, é mais do que uma alergia - é uma reação autoimune, ou seja, o organismo encara o glúten (que é uma proteína) como um agressor e, ao atacá-lo, acaba afetando também a parede intestinal. 
Em relação à moda de cortar o glúten para emagrecer, o médico esclarece que não faz sentido. Pelo contrário, pessoas que realmente sofrem de intolerância até engordam depois de tirar a proteína da dieta. "Temos pacientes que engordaram até dez quilos", comenta.
 Do UOL

terça-feira, 7 de maio de 2013

Programa de emagrecimento de Ivete Sangalo ajuda a secar sem passar fome.

Shirley Santos
Do UOL
Ivete Sangalo e o marido, o nutricionista Daniel Cady, cozinham juntos em vídeo para o programa de emagrecimento BodyChange 10 semanas®
  • A nova rotina alimentar que a cantora aprendeu a incorporar no dia-a-dia, com a ajuda do marido, o nutricionista Daniel Cady, pode ser conferida no corpão enxuto que a cantora exibe atualmente. Ivete conta que conseguiu eliminar maravilhosos  8,5 kg, de forma rápida, saudável e o que é melhor: "sem passar fome". Animada com o resultado, e sobretudo com a facilidade da sua perda de peso, ela sentiu-se motivada a incentivar muita gente a optar pelo emagrecimento saudável.
    Como? Ela lançou, recentemente, a versão brasileira de um programa de emagrecimento online desenvolvido e já conhecido na Europa chamado BodyChange 10 semanas®. "Me surpreendi com o método, pois não há tarefas complicadas, como contar calorias ou malhar por horas. São apenas alguns passos simples que é preciso seguir, ou seja, todos podem perder peso de uma forma fácil", revela Ivete, que conta com a parceria do marido nesta iniciativa.
    Daniel foi o responsável por adaptar o cardápio ao gosto brasileiro. "Me baseei nos hábitos de consumo de cada região do país. E após verificar algumas receitas da gastronomia local, procurei, então, incluir alimentos e bebidas tradicionais como, por exemplo, o feijão e o café. É um conceito simples de nutrição, no qual é possível perder peso, comendo os alimentos corretos, o quanto quiser, sem abrir mão do sabor das refeições", explica o nutricionista.

    Como é o cardápio
    O cardápio é baseado em uma lista que divide os alimentos em grupos: os que ajudam na perda de peso e, portanto, podem ser consumidos à vontade, e aqueles que comprometem o emagrecimento, devendo ser evitados. Confira a lista:

    ALIMENTOS LIBERADOS
    Peixes, carnes, ovos e frutos do mar: este grupo de proteínas animais tem poucas calorias e ajuda a manter a saciedade.
    Vagens, grão-de-bico, lentilha e feijão: as leguminosas contém o carboidrato de baixo índice glicêmico (libera menos açúcar no sangue), evitando a fome descontrolada.
    Água: para limpar o organismo, garantir o bom funcionamento do intestino, reduzir o apetite e acelerar o metabolismo (auxiliando a queima de calorias).
    Legumes e folhas, como abobrinha, berinjela, tomate, alface, rúcula, brócolis, chuchu, cenoura, beterraba, alho poró, pepino, shitaki e shimeji: são nutritivos e importantes em todas as refeições, pois fornecem fibras, vitaminas e carboidratos que amenizam a fome.
    Azeites, óleo de nozes, óleo de amendoim, óleo de avelã, óleo de semente de abóbora, óleo de semente de linhaça: estas gorduras boas (mais saudáveis) podem ser consumidas no preparo dos alimentos, porém, sem exagero.
    Gengibre, canela, pimenta, dedo-de-moça e chá verde: são bem-vindos porque aceleram o metabolismo e ajudam na queima de gordura.
    PODE, MAS COM MODERAÇÃO
    Frutas e suco de frutas: este grupo só pode ser consumido a partir da terceira semana, quando também começam os exercícios. Eles são indicados no pós-treino.
    Leites e derivados: têm valores altos de índice glicêmico (parecido com o pão). Também só estão liberados no pós-treino, para recuperação muscular.
    Castanha-de-caju, castanha-do-pará, amêndoas, avelã, semente de girassol: pode consumir apenas uma porção por dia,  pois são muito calóricas.
    DEVEM SER EVITADOS
    Pão, massa, batata, arroz, aveia, centeio, mandioca, inhame: este grupo de alimentos (carboidratos simples) estimula o apetite, pois faz você sentir fome mais rápido.
    Doces: de todos os tipos e também o mel, pois ele é digerido da mesma forma que o açúcar no organismo, ou seja, aumenta a vontade de comer.
    Industrializados: geralmente, contêm muito sódio e ativos que podem causar inflamações no organismo e dificultar a perda de peso. Além disso, causam inchaço.
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As Listras elas nunca saem de moda,Aurinete Medeiros(Consultora de Moda)








As Listras elas nunca saem de moda, e a cada estação vem ganhando novas cores, estampando peças cada vez mais diferentes como: bolsas, vestidos, sapatos e muitos acessórios! Essa tendência agrada muitos tipos físicos.
As camisas jeans também estão em alta na temporada é uma maravilha, devido ser esportivas e fica show com combinações fashion...e a mulherada adora mudanças.Então mulheres antenadas chegou o momento. A moda está muito boa é que estamos com variedades de opções já perceberam isso? Mas
Isso é maravilhoso dá o prazer de usar e abusar dos nossos gostos e não errar.
Veja algumas dicas:
Aurinete Medeiros

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Exercícios para o cérebro podem ajudar a emagrecer, dizem médicos.

Do UOL
O 'neurofitness' consiste em exercitar o cérebro para aumentar a capacidade de alcançar objetivos

  • O 'neurofitness' consiste em exercitar o cérebro para aumentar a capacidade de alcançar objetivos
O cenário não é novo nem raro, acometendo muitas pessoas no dia a dia: mesmo fazendo todo o esforço possível, a dieta e o exercício físico não são suficientes para baixar o ponteiro da balança. De acordo com o clínico geral e fisiologista do exercício, João Pinheiro, formado em medicina pela Universidade Federal do Pará, diversos fatores podem interferir no resultado. E é aí que entra o que ele chama de neurofitness ou neuróbica:"O indivíduo que está acima do peso usa a comida para driblar frustrações, angústias, estresse. E, nesses casos, muitas vezes é preciso fazer algo a mais. Alguns exercícios mentais ajudam a ultrapassar as barreiras para a perda de peso."

A 'malhação' que mexe com a mente engloba desde manobras de equilíbrio até pulos e agachamentos (veja exemplos no fim do texto). São movimentos simples que estimulam o cérebro de alguma maneira, disparando comandos para as áreas neuronal e muscular. Indicada para todas as idades, a ideia é revigorar a habilidade cerebral e aumentar a capacidade de alcançar objetivos definidos. A modalidade dá uma força no emagrecimento e ainda minimiza problemas como insônia, perda de memória e distúrbios de atenção. "O recomendado é associar o neurofitness a alguma atividade física tradicional – dança de salão, musculação, esportes", diz Pinheiro.
Conceito novo
Embora ainda não haja comprovação científica, especialistas acreditam que a prática pode funcionar. De acordo com o neurologista Leandro Teles, formado e especializado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), médico do Hospital Oswaldo Cruz (SP), o termo neurofitness é aplicado em duas situações distintas: exercícios mentais em prol da capacidade intelectual – de concentração, memória e estratégia, por exemplo; e atividade mental para perda de peso, redução de medidas e contorno corporal. "O primeiro item já foi bastante estudado e conta com embasamento científico, enquanto o segundo se baseia em um conceito relativamente novo e, por isso, carece de pesquisas. Mas é possível que seja eficaz, sim."
Duas hipóteses, na opinião do neurologista, explicariam como a modalidade influencia na perda de peso. Para começar, ele diz, a atividade mental guiada leva a mudanças comportamentais que favorecem o emagrecimento. "O cérebro é que sente fome, faz as opções alimentares, seleciona as quantidades; e, na ginástica, define o tipo e a intensidade do exercício. Mais que isso, é a cabeça que se frustra com os resultados ruins, desanima, desiste. Nessa perspectiva, podemos dizer que um cérebro melhor treinado auxilia na perda de peso, melhorando as escolhas e o comprometimento com os resultados. Indivíduos que estabelecem metas progressivas são, de modo geral, mais bem sucedidos."
Segundo Teles, alguns exercícios poderiam, teoricamente, mudar a relação do organismo com a atividade física e a alimentação, além de transformar a imagem corporal e a forma de se encarar os desafios. "O efeito é indireto: o cérebro auxilia a melhor administração dietética e esportiva e o peso é reduzido por essa modificação comportamental."
Mudanças no organismo
A segunda hipótese que explica o sucesso do neurofitness é fisiológica: a atividade mental altera a secreção hormonal e origina uma nova ação metabólica mais favorável ao emagrecimento. "Isso tem algum embasamento científico: a produção de leptina e grelina, hormônios da saciedade, depende diretamente do estado emocional, do sono e de outros aspectos cerebrais.
Além disso, existem outras pontes entre exercício mental e alteração metabólica: pessoas ansiosas liberam mais cortisol, associado à redistribuição de gordura; a insônia crônica leva ao ganho de peso; a depressão altera o apetite", observa Leandro Teles. O neurologista acredita que há pessoas sensíveis a este tipo de prática somada a medidas tradicionais, como dieta e exercício físico convencional, enquanto em outras não funcionaria.
  • Thinkstock Exercícios de equilíbrio e de coordenação motora ajudariam a treinar o cérebro para emagrecer
Suzete Motta, médica formada pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) com prática ortomolecular e formação em estética médica, concorda. "De qualquer forma, sabemos que o cérebro é o responsável por tudo. Para citar um exemplo, considere que o estresse aumenta o cortisol e altera o sono, fatores que influenciam na gordura corporal. Quer dizer, muitos aspectos estão relacionados."
A médica explica que o cérebro humano é constituído por cerca de 100 milhões de células nervosas, os neurônios, que trazem uma característica especial: a neuroplasticidade, que nada mais é do que a capacidade de se modificarem e adaptarem sua estrutura e função em resposta às exigências externas e internas do organismo. "Toda demanda que desafie ou estimule o cérebro produz alterações anatômicas que geram sinapses, quer dizer, comunicação entre os neurônios. O mentalfitness, também chamado de neurofitness ou neuróbica, aciona tal mecanismo, resultando em melhora do desempenho cognitivo – raciocínio, memória, concentração – e controle do estresse e da ansiedade, que auxiliam na perda de peso", conclui Suzete Motta.
Veja, agora, alguns exercícios da modalidade:
1. Aposte no equilíbrio
Este exercício é simples e pode ser feito em casa. Fique em pé sobre uma plataforma e eleve os braços na altura dos ombros. Após manter o equilíbrio, tire o pé esquerdo por alguns minutos e depois faça o mesmo com o pé direito. Repita dez vezes com cada pé.

2. Exercite sua coordenação motora
Que tal andar de costas na esteira? Na velocidade de 1 km/h, suba no aparelho de costas e caminhe. No início, você pode apoiar os braços nas laterais para se acostumar. Pratique por cinco minutos.

3. Responda aos comandos
Peça a ajuda de uma amiga para ordenar que você pule ou agache assim que ela fizer um sinal. Elaborem uma sequência de exercícios: quando ela levantar o braço esquerdo, por exemplo, você deve pular três vezes; quando ela abaixar o mesmo, você tem que agachar. Dedique-se a essa 'aulinha' por cinco minutos, no mínimo.

4. Brinque com objetos
Em casa, disponha cinco cadeiras em um ambiente e ande entre elas, primeiro de frente e depois voltando de costas. Na sequência, pegue uma bola e a conduza com o pé esquerdo passando pelas cadeiras, depois alterne e repita com o pé direito.