O uso nos alimentos de óleos parcialmente hidrogenados, conhecidos como
gorduras trans, não é seguro e estes produtos devem ser retirados do
mercado em um prazo de três anos, anunciou a Administração de Alimentos e
Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos.
"Os óleos vegetais
parcialmente hidrogenados (PHO), principal fonte das gorduras trans nos
alimentos processados, não são em geral considerados seguros para serem
utilizados na alimentação humana", afirma a FDA em um comunicado.
Vários testes científicos mostraram que o consumo de gorduras trans
eleva o nível do chamado colesterol "ruim", destaca a FDA, responsável
por regulamentar o uso de alimentos, medicamentos e cosméticos que são
comercializados nos Estados Unidos.
"Esta ação da FDA contra a
maior fonte artificial de gorduras trans demonstra o compromisso da
agência com a saúde cardíaca dos americanos", destacou o comissário
Stephen Ostroff ao anunciar a medida.
Utilizados em produtos
muito consumidos como as pipocas de micro-ondas, margarinas e pizzas
congeladas, as gorduras trans não são benéficas para a saúde, como já
haviam estabelecido previamente alguns estudos de institutos de saúde
dos Estados Unidos.
Desde 2006 os fabricantes destes produtos
nos Estados Unidos eram obrigados a incluir informações nos rótulos com
advertências claras aos consumidores sobre o uso deste tipo de gordura.
Nos Estados Unidos, qualquer substância adicionada intencionalmente a
um alimento é considerada um aditivo e deve ser examinada pela FDA.
Por isso decidi fazer uma pequena listinha com indícios de que você deva prestar atenção no assunto:
- Estar 100% conectada nos grupos de WhatsApp: Você
está sempre por dentro do que se fala em cada um dos grupos de WhatsApp
que você faz parte. Mesmo sendo muitos, você nunca fica por fora do que
está sendo dito.
- Não resistir a uma notificação: Parece impossível
deixar para depois uma notificação de email ou mensagem. Você sente que
precisa ler na hora em que chegou. As únicas que acumulam são as que
chegam durante a noite.
- Checar as redes sem parar: É mais forte do que
você. Você checa as redes sociais até durante o almoço. Não resiste a
dar uma checadinha em festas, em jantares e em reuniões.
- Medo de ficar sem celular: Dá uma espécie de pânico
quando percebe que esqueceu o celular em casa ou sente que precisa
levar o celular até no banheiro para não perder nada.
- Jogos que nunca terminam: Você não consegue dar fim a jogos como o Candy Crush, Angry Birds ou Cut the Rope.
- Wi-Fi como elemento central: A primeira coisa que
pergunta ao chegar a um restaurante, consultório ou escritório é a senha
do Wi-Fi. Ah! Viagens apenas em locais com Wi-Fi, é claro.
- Buscar aprovação nas redes sociais: Ao subir uma
foto nas redes sociais fica esperando os comentários e curtidas e só
sossega quando eles atingem um nível satisfatório.
- A primeira coisa que faz no dia é ligar o celular: Ao acordar, antes de ir ao banheiro, você já liga o celular e checa o que perdeu durante a noite.
- Tudo, menos ficar sem bateria: Você não sai mais sem baterias extras ou carregadores portáteis com medo de não poder compartilhar as experiências do dia.
- Acompanhado só nas redes sociais: Tem sido mais
comum encontrar as pessoas virtualmente do que pessoalmente e raramente
traz um assunto que não tenha visto online.
Um belo exemplo de superação, persistência e de que o Brasil está mudando...
A
catadora de lixo, Maria Nazaré dos Santos foi aprovada no vestibular da
UFF (Universidade Federal Fluminense) e agora cursa Direito na
instituição.
Com 55 anos, a moradora de Volta Redonda, no Rio de
Janeiro, estudou sozinha, contra todas as adversidades e passou no Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio).
Natural de Viçosa, em Minas Gerais,
Maria Nazaré contou que estudava sempre à noite, duas horas por dia e
buscava dicas com outras pessoas.
"Começava 23h, quando estava em
casa e ia até 1h da manhã. A ficha está começando a cair e junto com
ela vai vir à responsabilidade. Eu não imaginei que iria passar. Além do
material que eu tinha para estudar, eu procurava conversar com pessoas
que tem estudo e sabem como funciona a prova para pegar dicas de como
fazer a prova. Sabia que a redação era a mais complicada e por isso me
dediquei mais nesse quesito", falou Maria Nazaré ao Diário do Vale.
Ela lembra que mesmo estudando até de madrugada, tinha que acordar às 6h para trabalhar.
A caminhada
Além
da faculdade, ela divide o tempo com a presidência da Cooperativa
Multifuncional de Catadoras do Sul Fluminense, onde coordena outras 14
mulheres.
Segundo ela, o ingresso na faculdade e o novo cargo na
cooperativa, são apenas fruto de uma caminhada que começou no ano 2000,
quando começou a trabalhar em Volta Redonda.
Ela contou que como
parou de estudar na 6ª série do Ensino Fundamental, resolver retomar os
estudos após 18 anos longe das salas de aula. Para isso, ela se
inscreveu em um supletivo e estudava na hora do almoço.
"Quando
resolvi voltar a estudar eu trabalhava lá no final da Cicuta, perto da
UBM e usava o horário do almoço para poder ler as matérias. Saía do
trabalho umas 17h e ia andando até o Conforto e aproveitava o caminho
para também poder estudar, mesmo andando. Tenho essa facilidade para
poder aprender as coisas e consegui terminar o Ensino Fundamental,
contou.
Ela também concluiu o Ensino Médio através de um supletivo.
"A
conclusão (do Ensino Médio) me proporcionou uma carteira assinada que
eu nunca havia tido na minha vida. Nunca é tarde para começar a mudar a
sua vida e voltar a estudar. Para conseguir alguma coisa tem que se
sacrificar e foi isso que eu fiz e consegui", completou, orgulhosa.
Exemplo
E a conquista de Maria Nazaré serve como exemplo para as demais catadoras da cooperativa.
"Sou
a primeira das catadoras a entrar em uma faculdade. Assim que fiz a
inscrição no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) levei o comprovante
para elas e falei que gostaria muito que elas crescessem junto comigo. E
tenho certeza que isso irá acontecer. Não só elas, mas a juventude, que
ao invés de desperdiçar o tempo com coisas erradas, deveriam ocupar com
os estudos. Os nossos jovens estão se perdendo e se a pessoa quiser
algo na vida, tem que estudar", afirmou.
Ligada a movimentos em
pró das mulheres, Maria Nazaré contou que exatamente por isso optou
pela faculdade de Direito, já que pretende continuar lutando pelos
direitos das catadoras do Sul Fluminense.
'Existem muitas leis
que não são respeitadas e também muitas que precisam ser renovadas. A
constituição é antiga, mas se a gente ficar parados nada vai mudar. Eu
quero me aperfeiçoar e aprender mais para poder lutar cada vez mais
sobre os direitos das catadoras", garantiu.
Maria Nazaré que está contando os dias para o primeiro dia de aula.
"Um
sonho sem agir é apenas um sonho. Já se você agir se torna realidade.
Eu consegui e espero que mais gente também consiga. Estou muito ansiosa
para começar as aulas e não quero parar na faculdade. Quero cada vez
mais e continuar lutando pelos direitos das catadora